Prevenção do Câncer da Próstata

Prof. Dr. Enrico Andrade – Prof. Dr. Gustavo Alarcon


Pode-se fazer prevenção do Câncer da Próstata?

O Câncer da Próstata é uma neoplasia passível de adotar medidas de prevenção, dada a existência de algumas características epidemiológicas e clínicas importantes:

1. Prevalência elevada na sociedade
2. Período de latência clínica prolongado
3. Dependência hormonal
4. Existência de marcador sérico (PSA)
 
5. Existência de lesões histológicas precursoras (PIN) na biópsia
 

Quais são os factores de risco para o Câncer da Próstata?

Os estudos epidemiológicos já realizados indicam a existência de 3 factores de risco bem estabelecidos, genéticos (não modificáveis):

1. Envelhecimento 
2. Antecedentes familiares (hereditariedade)
 
3. Raça/etnia

Existem ainda factores de risco ambientais (modificáveis), cujo potencial preventivo ainda é inconclusivo:

1. Dieta/nutrição;
a. Índice de Massa Corporal
b. Ingestão de gordura
c. Micro nutrientes e vitaminas (licopenos, vitaminas C, D e E)
d. Ingestão de fruta e vegetais
e. Minerais (cálcio e selénio)
 
f. Fito-estrogéneos (isoflavonas, flavonóides, ligninas)
2. Exercício físico regular
3. Hábitos sexuais e etanólicos
 
4. Exposição ocupacional
 

Como prevenir o Câncer da Próstata?

A prevenção do Câncer da Próstata, pode passar pelo controlo dos fatores de risco ambientais, apesar da evidência clínica da sua eficácia ser fraca, controversa e muitas vezes inconclusiva. Sabemos no entanto, que indivíduos com a mesma carga genética (ex. asiáticos) que vivem em áreas geográficas diferentes (ex. EUA) apresentam risco de desenvolver Câncer da Próstata semelhante ao que existe no país anfitrião. Daqui se pode concluir da grande importância dos fatores ambientais no desenvolvimento desta neoplasia maligna.
 

Existem medicamentos para prevenir o Câncer da Próstata?

A prevenção do Câncer da Próstata tem atualmente uma área de estudo importante: a prevenção farmacológica, ou quimio-prevenção. A atuação de certas drogas ao nível do metabolismo da testosterona intraprostática (inibidores da 5á-reductase); na indução da morte celular inibindo o crescimento tumoral (estatinas); ou na ação anti-inflamatória (inibidores da COX-2) tem levado à crescente utilização daquelas drogas em ensaios clínicos para determinar o seu potencial preventivo.

O inibidor da 5á-reductase finasterida, aparece em vários estudos que suportam o seu potencial preventivo na ordem dos 25%, especificamente para adenocarcinoma da próstata bem diferenciado (baixo grau) detectado por biopsia prostática. Existem também já alguns resultados com a dutasterida que demonstram um benefício semelhante.

Não existe ainda comprovadamente, qualquer fármaco que reduza efectivamente o risco para Câncer da Próstata de alto grau (mais agressivo clinicamente).
 

Deve-se fazer a prevenção do Câncer da Próstata ?

Podemos dizer que existem fatores de risco genéticos estabelecidos que não podem ser prevenidos e fatores de risco ambientais múltiplos cuja evidência clínica é insuficiente para recomendar a sua prevenção no Câncer da Próstata.

 
 

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