HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA

         

    A próstata é uma glândula do tamanho de um pêssego e que faz parte do aparelho reprodutor masculino. Ela está localizada abaixo da bexiga e envolve a uretra.

    A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) é um diagnóstico BENIGNO que corresponde ao aumento da zona da próstata que envolve a uretra. A incidência de HBP aumenta com a idade, afetando de forma sintomática aproximadamente 25% dos homens com idade superior a 40 anos e um em cada 3 homens com mais de 65 anos.

    Uma vez que a próstata rodeia a uretra masculina, um aumento do seu tamanho pode causar obstrução do esvaziamento vesical que por sua vez origina sintomas relacionados com a obstrução da uretra e com alterações funcionais da bexiga. Os sintomas provocados pela HBP são o aumento da frequência urinária, a vontade súbita e inadiável de urinar (urgência), a incontinência, o gotejamento urinário no final da micção, a dificuldade em iniciar a micção (hesitação) e a necessidade de esforço abdominal para urinar. Estes sintomas, geralmente chamados de LUTS (Lower Urinary Tract Symptoms) condicionam a atividade diária e o padrão de sono, alterando drasticamente a qualidade de vida destes doentes.

    No entanto, não existe uma correlação entre os LUTS e o tamanho da próstata. Alguns homens com próstatas grandes (superiores a 100g) podem ter poucos sintomas que não interferem com a sua qualidade de vida e outros homens, com próstatas menores (30-40g) podem ter obstrução urinária que provocam alterações graves na sintomatologia urinária. Estes sintomas também podem ser originados por outras patologias, independentes ou associadas à HBP.

    Se não for devidamente acompanhada a HBP pode causar problemas graves no futuro: retenção urinária (incapacidade de urinar), infecções urinárias, litíase vesical (pedras na bexiga), lesões na bexiga, lesões nos rins e incontinência urinária. Felizmente hoje já existem tratamentos eficazes para evitar estas situações.

 

     O objetivo do tratamento não é curar a HBP, mas reduzir os sintomas e evitar as complicações da doença. Deve ser salientado que a HBP e a neoplasia maligna da próstata são doenças diferentes

    As opções terapêuticas atuais para a HBP são terapias com medicamentos e cirurgias. 

   A terapêutica medicamentosa inclui várias opções. A fitoterapia consiste na terapêutica com extratos vegetais e pode ser útil em doentes com sintomas leves ou moderados, com a vantagem de praticamente não ter efeitos colaterais importantes.

    Os medicamentos bloqueadores dos receptores alfa1-adrenégicos, que incluem a doxazosina e tamsulosina (este especifico dos receptores alfa1A-adrenégicos), relaxam a musculatura do tecido prostático, do colo da bexiga e uretra, sendo os mais rápidos na diminuição dos sintomas.

    Os medicamentos inibidores da enzima 5alfa-redutase, representados pelo dutasterida e finasterida, bloqueiam a transformação na próstata da testosterona em dihidrotestosterona. Assim, diminuem parcialmente o volume deste órgão e os sintomas urinários, embora demorem algumas semanas para agir e só sejam eficazes nas próstatas aumentadas; são os únicos que comprovadamente reduzem o risco de retenção urinária e de necessidade de cirurgia.

    A terapêutica cirúrgica atual inclui a Ressecção Transuretral da Próstata (RTUP) e a Cirurgia Aberta; a primeira é uma cirurgia endoscópica utilizada habitualmente quando a próstata é pouco volumosa e pode ser realizada por várias formas de energia (Laser, Plasma-Bipolar). A segunda é uma cirurgia por via cirúrgica aberta, utilizada quando a próstata é mais volumosa. O objectivo destas cirurgias é a remoção do tecido hipertrofiado e obstrutivo. 

    A RTU-P pode ser realizada utilizando diferentes técnicas que utilizam a corrente eléctrica ou Laser. Atualmente obteve-se grande avanço com a técnica de RTU-P com PLASMA e solução salina, que propicia a cirurgia endoscópica para próstatas volumosas e com baixo risco de sangramento e intoxicação hídrica que era observada nas técnicas anteriores.

 

PROF. DR. ENRICO ANDRADE                                  PROF. DR. GUSTAVO ALARCON  
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